segunda-feira, maio 31

and so it is...


Te olho nos olhos e você reclama que te olho muito profundamente.
Desculpa! Tudo o que vivi foi profundamente,
eu te ensinei quem sou e você foi me tirando os espaços entre os abraços,
guarda-me apenas uma fresta.
Eu que sempre fui livre. Não importava o que os outros dissessem.
Até onde posso ir pra te resgatar?
Reclama de mim como se houvesse uma possobilidade de me inventar de novo.
Desculpa se te olho profundamente, rente à pele,
A ponto de ver seus ancestrais nos seus traços.
A ponto de ver a estrada muito antes dos seus passos.
Eu não vou separar as minhas vitórias dos meus fracassos.
Eu não vou renunciar a mim, nem uma parte.
Nenhum pedaço do meu ser vibrante, errante, sujo, livre, quente.
Eu quero estar viva e permanecer te olhando profundamente !